Temer entra com ações criminal e cível contra Joesley, da JBS
Defesa do presidente com queixa-crime contra dono do grupo JBS
A defesa do presidente Michel Temer protocolou na Justiça nesta segunda-feira, 19, duas ações contra o dono da JBF, Joesley Batista. Uma das ações será por danos morais, onde pedirá indenização financeira e a segunda, será uma queixa crime, por difamação, calúnia e injúria, crimes contra a honra.
A ação foi apresentada após a acusação do empresário, em entrevista à revista Época, de que Temer chefia "a maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil".
Na reportagem, o empresário também afirma que o presidente não fazia "cerimônia" ao pedir dinheiro para o PMDB. Ele descreve uma relação de intimidade com o presidente.
A ação criminal foi impetrada na Justiça Federal e a cível, na Justiça comum.
Joesley foi responsável pela gravação secreta de uma reunião com o presidente que deflagrou a atual crise política, a pior desde que Temer assumiu a presidência. Num dos trechos do áudio, segundo procuradores da República, Joesley fala que segue pagando propina todo mês a Eduardo Cunha, obtendo a anuência de Temer.
A delação de Joesley motivou um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga Temer no âmbito da Lava Jato. A suspeita é de que o presidente teria cometido os crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça. A relatoria é do ministro Edson Fachin.