Sobel revela que mentiu ao atribuir furto de gravatas a antidepressivo

E admite falha moral ao furtar gravatas. Caso foi revelado na coluna CH

O rabino Henry Sobel confessou ao jornal O Estado de S. Paulo que mentiu ao atribuir a um remédio contra depressão seu comportamento que o levou a ser preso por furtar gravatas em uma loja de Palm Beach, nos Estados Unidos, em 2007. Ele diz agora que o episódio  foi uma ?falha moral?. Sobel afirmou que não pode atribuir o ocorrido a “fatores externos” e que cometeu um “erro”.  O furto e a prisão do rabido foram reveladas em primeira mão, na época, pela coluna Claudio Humberto.

Passados seis anos, Henry Sobel resolveu contar a verdade em entrevista ao jornal paulista: ?Por favor, coloque no papel o que trago no meu coração, porque vou falar de algo pela primeira vez. Antes não havia tido coragem nem vontade. Aquele foi um episódio desgastante, cheguei a pedir desculpas diante de câmeras das principais emissoras de TV do Brasil. Também tratei do assunto em livro autobiográfico. Falei em problema de saúde e no uso de um medicamento para dormir, o Rohypnol. O remédio teria me levado a cometer atos impensados. Ontem à noite [o jornal diz que a entrevista publicada nesta quinta foi realizada “dias atrás”], às vésperas desta entrevista e com o distanciamento que o tempo proporciona, decidi que não posso mais atribuir o que houve a fatores externos. Para ser e me sentir honesto, admito que cometi um erro?, afirmou ele ao ?Estado?.

Sobel relembrou que amigos o ajudaram a sustentar, na época, a versão de o furto havia ocorrido por doença. ?Desde jovem, fui um intolerante comigo. E o autojulgamento sempre foi severo demais. Mas o rabino é humano, portanto, falível?, disse.

Sobel, de 69 anos, afirmou que deixará o Brasil em breve, após 43 anos residindo no país. Ele irá morar em Miami, onde tem um apartamento, com a mulher e a única filha, para se ?preparar para a aposentadoria? em um ?período sabático?. ?Hoje sou um rabino machucado. Por motivos políticos?, disse.