Sem saída e certa da condenação, Dilma agora apoia 'plebiscito'

Proposta propõe alterar Constituição por 'decreto legislativo'

Sem saída e com sua condenação considerada praticamente fato consumado, agora a presidente afastada Dilma Roussef tenta outras alternativas para evitar a humilhação histórica da destituição definitiva, incluindo julgamento no Supremo Tribunal Federal STF) dos crimes que lhe são atribuídos. Ela recebeu na tarde desta quarta-feira (13) um grupo de senadores que encontraram uma maneira de votar favorável a ela na comissão do impeachment e/ou no Senado, propondo a “alternativa” de novas eleições presidenciais ainda este ano.

Ela se reuniu com os apoiadores Jorge Viana (PT-AC) e Roberto Requião (PMDB-PR) e os quase apoiadores Cristovam Buarque (PPS-DF) e Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e admitiu apoiar um plebiscito para consultar a população sobre eleições presidenciais este ano.

A proposta foi apresentada em 1º de junho por Randolfe Rodrigues (AP), líder da Rede no Senado, e estabelece que a data da eleição será definida pela Justiça Eleitoral, 90 dias após a promulgação de um decreto legislativo pretendendo alterar a Constituição, que prevê, no caso de afastamento do ou da presidente a posse do vice-presidente, como de fato ocorreu, proporcionando a chegada de Michel Temer ao comando do Poder Executivo.

O partido do senaor Randolfe pretende lançar a candidatura da sua principal líder, ex-senadora Marina Silva, daí a proposta que pretende alterar s regras eleitorais de 2016 a poucos meses da eleição. A Constituição determina de qualquer mudança nas regras deve ser adotada no ano anterior ao da eleição.

Dilma – que já não exece qualquer papel relevante no processo decisório – anunciará ao País sua adesão ao plebiscito na “Carta aos Brasileiros” que está finalizando nas próximas horas.