Renan insiste em CPI para esvaziar CPMI, mas oposição resiste
Com Gleisi ao pé do ouvido, Renan insiste na CPI que a oposição rejeita
Sempre com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao pºe do ouvindo, soprando-lhe o que fazer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), escolheu os três últimos nomes para compor a CPI da Petrobras no Senado, mas dois deles recusaram a indicação. Seguindo o critério de proporcionalidade, ele escolheu Cyro Miranda (PSDB-GO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Wilder Morais (DEM-GO), mas estes dois últimos caíram fora.
Já haviam sido indicados pela base do governo João Alberto Souza (PMDB-MA), Valdir Raupp (PMDB-RO), Vital do Rêgo (PMDB-PB), Ciro Nogueira (PP-PI), José Pimentel (PT-CE), Anibal Diniz (PT-AC), Humberto Costa (PT-PE), Acir Gurgacz (PDT-RO), Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) e Gim (PTB-DF).
Logo após o anúncio, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse que pedirá a João Alberto Souza que convoque imediatamente a primeira reunião da CPI, se possível já para esta quarta-feira (14).
O líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), explicou que a recusa da oposição em indicar seus três representantes na CPI do Senado foi uma decisão política. A oposição prefere uma CPI mista, com deputados e senadores, que a seu ver poderá fazer uma investigação mais séria e objetiva. No entanto, a CPI mista, também já aprovada, ainda aguarda indicações de membros.
– Queremos a CPI mista. Não vamos gastar energia com a CPI no Senado – anunciou o líder do DEM, José Agripino (RN).
Para o senador Mário Couto (PSDB-PA), o governo quer a CPI só no Senado porque terá a maioria de seus integrantes (10 em 13) e pode “massacrar”a oposição.
– Mas advirto que o povo não é ingênuo e está percebendo tudo isso – afirmou Couto.
– Peço que retire o meu nome. Isso é uma desconsideração com Goiás – reagiu a senador Lúcia Vânia, que reafirmou o compromisso de seu partido com a CPI mista.