Os peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) enviados à Síria para averiguar a utilização de armas químicas divulgaram o relatório da investigação hoje (16). De acordo com o documento, as evidências do uso do gás Sarin em escala ?relativamente grande? são claras. A Síria concordou em colocar seu arsenal químico à disposição da comunidade internacional e tem acusado os rebeldes de usar o armamento com o propósito de incentivar uma intervenção militar no país.
O relatório aponta para um uso de cerca de 350 litros do gás venenoso e alguns mísseis. Foram encontradas algumas cápsulas com alfabeto russo e o Conselho de Segurança da ONU começou um debate reservado. Para o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o ataque com utilização do gás Sarin foi um “crime de guerra” e confirmou que 85% das amostras colhidas comprovaram o uso do gás.
O governo do ditador Bashar al-Assad terá uma semana para detalhar o conteúdo do arsenal, que deve ser destruído até o meio do ano que vem. Caso a Síria não cumpra o acordo, não está descartada uma intervenção militar pelos americanos.