Preso ex-chefe da assessoria de orçamento do Senado
José Carlos Alves dos Santos foi acusado de corrupção passiva
Integrante da quadrilha da “Máfia dos Anões”, o economista foi o delator de um esquema de propina que chocou o país em 1993. As suas revelações levaram o Congresso a abrir uma CPI para apurar o caso. Foram, ao todo, 18 acusados. Seis foram cassados, oito absolvidos e quatro preferiram renunciar para fugir da punição. Na época, o rastreamento de contas bancárias levou até a queda do presidente da Câmara, Ibsen Pinheiro (PMDB). O chefe do esquema, o deputado baiano João Alves de Almeida (morto em 2004), lavava o dinheiro desviado comprando cartões de loterias premiados.
Eram dois esquemas fraudulentos: no primeiro, parlamentares faziam emendas remetendo dinheiro para entidades filantrópicas ligadas a parentes e laranjas; no segundo faziam acertos com grandes empreiteiras para a inclusão de verbas orçamentárias para grandes obras, em troca de gordas comissões.
José Calos Alves dos Santos também foi acusado de assassinar a própria esposa, Ana Elizabeth Lofrano, que sempre ameaçava denunciar a máfia. Ele já passou dez anos na cadeia, onde tentou suicídio, mas acabou sendo salvo.
O bandido chegou a reunir um patrimônio de mais de dois milhões de dólares por conta do esquema e, quando assassinou a mulher, descobriu-se que ele frequentava orgias sadomasoquistas.