Policiais presos na Operação Métis voltam a trabalhar no Senado

O ministro Teori Zavascki, do STF, suspendeu a ação da PF

Após o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, suspender a Operação Métis, da Polícia Federal, os policiais legislativos presos temporariamente na ação já voltaram a trabalhar no Senado. Eles haviam sido afastados por determinação do juiz Vallisney Souza, da Justiça Federal de Brasília.

Everton Taborda, Geraldo Cesar de Deus, Antônio Tavares e Pedro Carvalho, chefe da Polícia Legislativa, retornaram à Casa esta semana. Eles foram presos no dia 21 de outubro, acusados de atrapalharem as investigações da Lava Jato com métodos de contrainteligência. Três foram soltos no mesmo dia após prestarem depoimento, exceto Pedro, que foi liberado no dia 26, com o fim da prisão temporária que não foi renovada.

Solto, Antônio Tavares entrou no STF com pedido de suspensão da operação. A ação foi impetrada pelo advogado dele, Ivan Morais Ribeiro, que argumentou que o juiz Vallisney "invadiu competência do STF, ao autorizar busca e apreensão no Senado". Zavascki aceitou e também mandou transferir todo o processo relativo à operação da Justiça Federal do Distrito Federal para o STF.

Na decisão, o ministro Teori Zavascki afirmou que, diante de evidências de que houve usurpação de competência por parte do juiz, foi necessário conceder a liminar para suspender a investigação e determinar a remessa do processo ao STF. A peça dizia que a Operação Métis "atinge diretamente senadores da República" e que é "clara a intenção na investigação de parlamentares" que só podem ser investigados pelo STF.