PF pede a prisão preventiva de Cândido Vaccarezza para o STF

Polícia alega ‘garantia da ordem pública e da conveniência da instituição criminal'

A Polícia Federal pediu ao juiz federal Sérgio Moro a conversão da prisão temporária do ex-deputado Cândido Vaccarezza em prisão preventiva. A solicitação, feita nesta terça 22, alega “garantia de ordem pública e da conveniência da instituição criminal”.

A PF encaminhou ainda outro pedido de prisão preventiva, para Luiz Loureiro Andrade sob a justificativa de “garantia da aplicação da lei penal de da conveniência da instituição criminal, com a autorização para inclusão de seu nome na Difusão Vermelha da Interpol”.

O delegado Filipe Hille Pace afirmou no relatório que pede a conversão da pena que a atuação do ex-deputado não se resumiu a este contrato. “Existem indícios, assim, de atuação de Cândido Elídio de Souza Vaccarezza em outros assuntos na Petrobras nos quais, conforme registros apresentados, havia explícita previsão de contrapartidas financeiras indevidas para o Partido dos Trabalhadores”, ressaltou o delegado.

O relatódio da PF aponta que a quebra telemática de Vaccarezza monstrou ‘novas provas acerca de outros crimes supostamente praticados’ por ele.

Vaccarezza foi preso no dia 18 em São Paulo, na Operação Abate, um dos desdobramentos da Lava Jato. Ao menos R$ 122 mil foram apreendidos com o ex-parlamentar.

A Operação apontou que o líder do PT na Câmara, entre janeiro de 2010 e março de 2012, usou a ‘influência decorrente do cargo em favor da contratação da Sargeant Marine pela Petrobras, que gerou a celebração de doze contratos de aproximadamente US$ 180 milhões”’. O ex-deputado também teria recebido o pagamento de propina no valor de US$ 500 mil.