Pepe Vargas diz que sai, recua, e não faz a menor diferença

Talvez nem Dilma lembre que tem ministro de Direitos Humanos

Após anunciar sua saída da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Pepe Vargas voltou atrás. Pouco depois do anúncio, a assessoria chegou a negar sua saída. Agora, ele divulga que decidiu esperar o anúncio da reforma ministerial antes de sair. A pasta que ocupa deve ser extinta. Com Vargas ou sem ele, na prática a secretaria tem demonstrado sua dispendiosa inutilidade.

O ministro afirmou ter sido chamado para conversar com a presidente na quinta-feira, 24. Na ocasião, ficou acertado seu retorno à Câmara, onde reassumirá o mandato de deputado federal. No mesmo dia, também estiveram com Dilma as ministras Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, e Nilma Lino Gomes, da Igualdade Racial. Além disso, o atual chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, esteve com Dilma antes da viagem a Nova York para a Assembleia-Geral da ONU.

A expectativa de integrantes do governo é de que Direitos Humanos, Políticas para as Mulheres e Igualdade Racial sejam reunidas no novo Ministério da Cidadania, que deverá ser comandado por Rossetto.

Articulação política

A Secretaria de Direitos Humanos é o segundo ministério ocupado por Vargas em menos de um ano. Logo após a posse, a presidente Dilma Rousseff o nomeou para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). O aumento da crise política em abril fez com que Dilma cedesse a coordenação política para o vice-presidente Michel Temer e realocasse Vargas. Na ocasião, a então ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, também petista, perdeu o posto para ele.