Para jurista, TV transformou STF em reality-show

Para juristas, opiniões interessam ao processo, não a espectador

O jurista Eduardo Pastore apoia a crítica do ex-presidente do TST Almir Pazzianotto Pinto a sessões do Supremo Tribunal Federal transmitidas pela TV, alterando a conduta de ministros. Compara: “a Suprema Corte americana é um mundo secreto”, enquanto “o STF é um reality-show.” Ele acha que ministros deveriam ser discretos, sem dar entrevistas: “A opinião deles só interessa ao processo, não aos telespectadores”. A informação é do colunista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Juristas como Nelson Hungria, Orozimbo Nonato, Evandro Lins e Silva e Hermes Lima não participavam do “Big Brother Supremo”, afirma.

Presidente do Sindicato dos Advogados do RJ, Álvaro Quintão, vê hoje juízes mais preocupados com as câmeras do que com os autos.

Ministros de outros tribunais veem com reserva o comportamento de colegas do STF nas sessões transmitidas ao vivo pela TV Justiça.