ONU fará inspeção em local de suposto ataque químico

Governo autorizou apenas hoje acesso dos inspetores ao local da tragédia

Cinco dias após ataque que matou centenas de pessoas na última quarta-feira, a Síria anunciou hoje que permitirá que inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU), que estão em Damasco, tenham acesso imediato aos arredores da capital, onde a oposição acusa o regime de ter usado armas químicas contra combatentes e civis há cinco dias.

O acordo foi feito em reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Walid al-Moallem, e a chefe para desarmamento da ONU, Angela Kane, que chegou na capital síria ontem. A data e cronograma da visita serão coordenados entre a equipe da ONU liderada pelo cientista sueco Ake Sellstrom e o governo sírio.

Ontem, Washington afirmou que as forças navais americanas estavam se dirigindo para a Síria, enquanto o presidente Barack Obama estudava uma resposta militar ao alegado ataque químico.

Papa pede esforço  

Israel e o papa Francisco defenderam neste domingo um esforço internacional para “tirar” as armas químicas e acabar com a guerra na Síria, enquanto líderes da França, Reino Unido e Austrália condenaram os supostos ataques químicos contra a população.

Durante discurso para dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o papa Francisco renovou o apelo ao diálogo e pediu que as forças sírias e rebeldes deponham suas armas. O pontífice disse que ficou perturbado pelas “terríveis imagens” de atrocidades ocorridas na Síria e manifestou a sua solidariedade para com as vítimas e todos aqueles que sofrem, especialmente as crianças.

Fonte: AE Conteúdo