André Brito e Naira Trindade
Após os golpes aplicados pelas empresas Delta (Locação de Serviços e Empreendimentos) e World Service (Terceirização) nos funcionários terceirizados do Ministério da Fazenda (MF), mais de 600 funcionários da empresa Adminas (Administração e Terceirização de Mão de Obra), lotados no Ministério da Justiça (MJ) estão sem receber salário. O golpe funciona da seguinte forma, os ministérios pagam as faturas para as empresas e elas não depositam nas contas dos empregados.
Nos casos da Delta e da World Service, o atraso foi de vários meses e os funcionários tiveram que buscar seus direitos na Justiça, mas o desconforto entre empregados terceirizados e os chefes no MF foi enorme. Dessa vez, o atraso chega a duas semanas, mas a secretária Nacional de Políticas Anti-Drogas, Adriana Carla acredita que o MJ tenha sido mesmo vítima de um golpe. ?As portas da empresa estão fechadas. Desde que o MJ repassou a verba do pagamento, não conseguimos mais contato com eles?. A mesma coisa aconteceu quando a Adminas substituiu a empresa anterior e o ministro da Justiça autorizou que outro pagamento fosse feito diretamente aos funcionários. ?Se nada for feito, ficaremos no prejuízo e centenas de famílias sairão prejudicadas?, completou.
Na lista de clientes da empresa mineira, estão a Receita Federal, a Advocacia-Geral da União, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes, entre outras. Todas podem ser possíveis vítimas. Questionada pelo telefone que atende em Minas Gerais, a secretária da companhia disse que ninguém vai comentar o assunto.