Maduro diz que não apoiará ‘nenhuma’ lei de anistia na Venezuela

Venezuelano pede renúncia de ministros por 'reestruturação'

Diante da derrota do chavismo no último domingo, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que "os maus ganharam" nas eleições legislativas. Segundo ele, a oposição, que agora é maioria no Parlamento, já lançou seu "ódio" e anunciou, supostamente, que derrogará as leis "do poder popular".

"Os maus se impuseram, os maus ganharam, ganharam como ganham os maus, com a mentira, com o engano, com a oferta enganosa, com a fraude", disse o presidente durante seu programa de rádio e televisão "Em contato com Maduro".

O presidente também afirmou que não apoiará "nenhuma" lei de anistia proposta pelo novo Parlamento para libertar os políticos presos. Ele disse que os que estão detidos fizeram um plano para derrubá-lo e assassinaram "um povo" para isso.

"Digo como chefe de Estado que não aceitarei nenhuma lei de anistia porque foram violados os direitos humanos. Eles poderão me enviar milhares de leis, mas os assassinos de um povo têm que ser julgados e têm que pagar", comentou o presidente durante seu programa.

Maduro ainda pediu a renúncia de seus ministros para que haja a "reestruturação necessária" do governo. "Peço a todos do Conselho de Ministros que entreguem seus cargos para que haja um processo de reestruturação, renovação e impulso profundo de todo o governo nacional", disse. "Isto é o que quero: uma agenda para a nova etapa da revolução, de profunda retificação, de sacudimento”, manifestou o presidente.

O ex-candidato presidencial e líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, se mostrou "extremamente preocupado" com a atitude do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, após a vitória da MUD.