Lava Jato: esquema de corrupção afanou R$ 6,19 bilhões, dizem procuradores
MPF deu detalhes do esquema e denunciou Vargas, Corrêa e Argôlo
Os procuradores da República do Ministério Público Federal concederam entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (14) para falar sobre as novas denúncias relacionadas à 11ª fase da Operação Lava Jato. O procurador Deltan Dallagnol ressaltou, “hoje é o primeiro dia em que se oferece acusações criminais contra pessoas que estão dentro de núcleos políticos”. A estimativa da Justiça é que tenham sido movimentados R$ 6,19 bilhões de propina no esquema de corrupção.
Os partidos PP, PMDB E PT estão envolvidos.Entre os 12 denunciados estão os ex-deputados André Vargas, Pedro Corrêa e Luiz Argôlo. A deputada Aline Corrêa (PP-PE), filha do ex-deputado Pedro Corrêa, também foi denunciada.
A justiça trabalha com três núcleos de investigação, entre os acusados estão, no Núcleo André Vargas: André Luiz Vargs Ilário, Leon Dênis Vargs Ilário, Milton Vargas Ilário e Ricardo Hoffmann.Todos são acusados da prática dos crimes de corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro.Conforme foi revelado pelos procuradores, André Vargas foi beneficiário de propinas no âmbito de dois contratos milionários de publicidade com o Ministério da Saúde e a Caixa Econômica Federal.
No Núcleo de Pedro Corrêa: Pedro Corrêa é denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro, peculato e corrupção passiva. Ivan Vernon pelos crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Márcia Danzi denunciada por organização criminosa e lavagem de dinheiro. Aline Corrêa por peculato. Alberto Youssef e Rafael Ângulo Lopez por lavagem de dinheiro e Fábio Corrêa foi denunciado por organização criminosa e lavagem de dinheiro.Segundo o procurador Dallagnol, Pedro Corrêa era um dos responsáveis pela distribuição interna no PP.
Núcleo Luiz Argôlo: Luiz Ârgolo o ex-deputado foi denunciado por corrupção, peculato e lavagem de dinheiro. Alberto Youssef,Rafael Ângelo Lopez e Carlos Alberto Costa foram denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro. No caso de Argôlo, os procuradores detalharam o esquema de repasses feitos por Youssef em forma de gado, móveis, helicóptero e até cadeiras de roda para uso eleitoral no interior da Bahia.
Agora a Justiça Federal precisa aceitar as denúncias do MPF para que os citados passem a ser réus.