Justiça Federal condena executivos da Camargo Corrêa na Lava Jato

Ex-presidentes e ex-vice da Camargo Corrêa levam 15 anos de cana

O juiz Sérgio Moro, titular responsável pelo inquérito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, condenou Dalton Avancini, ex-presidente da empreiteira Camargo Corrêa, João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, e Eduardo Leite por crimes relacionados aos contratos e aditivos com a Petrobras, na Refinaria Getúlio Vargas (Repar), do Paraná, no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e da Refinaria de Abreu e Lima (Renest), em Pernambuco.

Esta é a primeira condenação contra executivos de empreiteiras enrolados na roubalheira à Petrobras e se refere a 7ª fase da Operação Lava Jato, que foi deflagrada em novembro de 2014. Eles foram condenados a mais de 15 anos de cadeia. Também foram condenados no mesmo processo, mas por outros crimes, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, o megadoleiro Alberto Youssef, e o responsável pelas entregas do dinheiro do esquema, o “homem-da-mala” Jayme Alves de Oliveira.

CONDENAÇÕES

O doleiro Alberto Youssef foi condenado por corrupção passiva, o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa recebeu a condenação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva. Já entre os executivos da empreiteira Camargo Corrêa; João Ricardo Auler foi condenado por corrupção ativa e por pertinência à organização criminosa; Dalton dos Santos Avancini foi condenado por lavagem de dinheiro, pertinência à organização criminosa e corrupção ativa e Eduardo Hermalino Leite também foi condenado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pertinência à organização criminosa.