Investigação histórica em SP denuncia 175 do PCC

Facção criminosa pretendia matar o governador Geraldo Alckmin

O Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo terminou, após três anos e meio de investigações, o maior mapeamento da história do crime organizado no país. A informação foi divulgada no jornal O Estado de São Paulo  nesta sexta-feira. Os promotores do Grupo Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) reuniram provas inéditas sobre o retrato da maior facção criminosa do Brasil. Foram denunciados 175 integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e a Justiça pediu a internação de 32 presos detidos, em Presidente Venceslau, no Regime Disciplinar Diferenciado.

O MPE flagrou toda a cúpula da facção atuando no crime organizado. Os bandidos controlavam de dentro do presídio 90% da facção criminosa do estado de São Paulo. Eles ordenavam assassinatos, encomendavam armas e toneladas de cocaína e maconha. Também planejavam atentados contra policiais militares e autoridades e de planos de resgate de presos.

As investigações também revelaram, por meio de interceptações telefônicas, que o (PCC) também planejou matar o governador Geraldo Alckmin. Atuando em 22 estados e em três países (Brasil, Bolívia e Paraguai), o bando fatura cerca de R$ 8 milhões por mês com o tráfico de drogas e outros R$ 2 milhões com sua loteria e com as contribuições feitas por integrantes.

Segundo as investigações, o bando tem um arsenal de uma centena de fuzis em uma reserva de armas e R$ 7 milhões enterrados em partes iguais em sete imóveis comprados pela facção.