Infraero teve prejuízo de R$ 3 bilhões em 2015

Esse é o terceiro ano consecutivo de prejuízo

A Infraero registrou prejuízo líquido de R$ 3 bilhões em 2015, de acordo com o Relatório de Administração, publicado nesta terça-feira (29) no Diário Oficial da União. Esse é o terceiro ano consecutivo que a empresa registra prejuízo. Em 2014, o rombo anunciado foi de R$ 2,1 bilhões e em 2013 de R$ 2,8 bilhões.

Segundo o relatório, a receita operacional líquida da Infraero foi de R$ 2,6 bilhões, sendo R$ 1,5 bilhão de receitas operacionais (tarifas de embarque, conexão, pouso etc.) e R$ 1,1 bilhão de receitas comerciais (concessão de áreas, terminais de carga etc.), o que representa 9,2% de redução em relação ao registrado em 2014, que foi R$ 3 bilhões. Os custos operacionais somaram R$ 2,2 bilhões (1,8% de aumento em relação a 2014), e o lucro bruto (considerando os 60 aeroportos e as 68 EPTAs) foi de R$ 423,6 milhões. 

O que pesou para o prejuízo, porém, foram perdas patrimoniais e trabalhistas. Só de patrimônio, a Infraero perdeu R$ 826,4 milhões, com base nos resultados das concessionárias em que a Infraero tem participação de 49%. Na questão trabalhista, foram mais R$ 584,8 milhões. No resultado de 2015, a Infraero já incluiu a provisão de bens (R$ 77,8 milhões) que serão transferidos às novas concessionárias dos aeroportos de Fortaleza, Florianópolis, Salvador e Porto Alegre. O leilão deve acontecer em 2016. 

Movimentação

Os 60 aeroportos da Rede Infraero registraram, em 2015, 112,3 milhões de embarques e desembarques, número 0,44% menor que em 2014. Em pousos e decolagens, foram registrados 1,8 milhão de operações ante 1,9 milhão em 2014. Nos 25 terminais de logística de carga (Teca) em operação em 2015, foram registradas 287,5 mil toneladas de cargas, sendo 171,4 mil t de cargas nacionais, 78,5 mil t de Importação e 37,5 mil t de Exportação.

Além disso, em 2015, segundo a Infraero, a empresa investiu R$ 1,8 bilhão em obras e demais serviços de engenharia, incluindo as obras de reforma e ampliação dos terminais de passageiros de Manaus, Tefé e Tabatinga (AM), Curitiba (PR), Goiânia (GO) e de Santarém (PA), e os serviços de reconstrução do pátio de aeronaves do Santos Dumont (RJ), além de aportes nas Sociedades de Propósito Específico (SPEs) concessionárias dos aeroportos concedidos.