Governo do DF vai gastar ao menos R$ 15 milhões em indenizações
O governo nega que tenha assumido o controle para ajudar a empresa
?Inicialmente, estimamos em R$ 15 milhões, mas entendemos que vamos ter que fazer um reforço nesse valor para podermos encerrar todas as operações do Grupo Viplan até o final de fevereiro?, declarou o secretário à Agência Brasil, explicando que o valor médio pago a título de rescisão a cada um dos cerca de 3 mil funcionários das companhias da família Canhedo será da ordem de R$ 5 mil. ?O governo vai fazer o pagamento dessas demissões usando fontes do Tesouro e se habilitar para, no momento certo, em uma eventual falência da Viplan, pegar [reaver] esses créditos trabalhistas [de volta]?, completou, esclarecendo que os gastos operacionais serão cobertos com a própria receita da venda de passagens.
O secretário negou que o GDF esteja socorrendo o Grupo Viplan. ?Não vamos colocar nenhum dinheiro na mão de empresários?, garantiu. Segundo Vazquez, a assunção era a única forma de o governo demitir os empregados das três empresas que, juntas, detinham até há poucos meses o controle de 288 linhas, ou aproximadamente 30% do transporte coletivo do Distrito Federal.
A preocupação do governo era que, com esses trabalhadores presos ao vínculo trabalhista com o Grupo Viplan, que foi desclassificado na licitação pública feita para o novo sistema de transporte público coletivo local, faltasse mão de obra para as transportadoras que, em breve, assumirão as operações.
?Não vamos colocar nenhum dinheiro na mão de empresários. E se o governo demorasse muito, teria que indenizar as empresas que estão com ônibus parado e não conseguem operar por falta de pessoal. Não é uma coisa tranquila. De qualquer forma, haveria uma sobrecarga sobre o Tesouro?, alegou o secretário. Ele disse que, devido à postura do Grupo Viplan, que dificultou a recolocação de seus empregados, a entrada em funcionamento do novo sistema de transporte, com novos ônibus, teve que ser adiada por 60 dias.
?Encampar a empresa para, assim, podermos ter mão de obra era a melhor opção. A outra era cruzar os braços e esperar algo acontecer?, disse o secretário. ?Com a assunção, assumimos o patrimônio da empresa de forma a operarmos com o patrimônio do grupo. Ao fim da operação, devolveremos os bens. Já se optássemos pela intervenção, além das questões trabalhistas, todo o débito das empresas viriam para o Tesouro?, explicou.
Da Agência Brasil.