Governo brasileiro condena ataque a cristãos coptas no Egito
Estado Islâmico assume mortes de 29 cristãos egípcios, na sexta
O comunicado afirma que o governo brasileiro recebeu a notícia com grande consternação: “Ao expressar suas condolências às famílias das vítimas, seus votos de plena recuperação aos feridos e sua solidariedade com o povo e o governo do Egito, o Brasil reitera veementemente seu repúdio a todo e qualquer ato de terrorismo, independente de sua motivação”, diz a nota.
As vítimas estavam em um ônibus que ia em direção ao mosteiro de São Samuel, a poucos quilômetros do povoado de Al Adua, quando foram surpreendidas por homens armados.
Em comunicado, cuja autoria não pôde ser comprovada, e divulgado através do Telegram, o Estado Islâmico informou que "soldados do Califado" cometeram o atentado em que mais de 31 "cruzados", em referência aos cristãos, perderam a vida. Além disso, disse que pelo menos 24 dos cristãos ficaram feridos e que um dos veículos foi incendiado. A informação é da Agência EFE.
‘VIOLÊNCIA FEROZ’
Segundo a procuradoria egípcia, que entrevista testemunhas e feridos do ataque, dois carros, nos quais havia seis homens mascarados, pararam em frente ao ônibus para bloquear o caminho.
Dois jihadistas do grupo entraram no ônibus, que transportava os cristãos coptas, e roubaram todos os bens enquanto ameaçavam os passageiros com armas de fogo.
Após isto, segundo a procuradoria, os jihadistas começaram a disparar dentro do veículo, uma versão que difere da que foi divulgada pelo Ministério do Interior, na qual os terroristas teriam atirado aleatoriamente de seus carros, e não de dentro do ônibus.
Os investigadores informaram também que encontraram outro carro queimado a 200 metros de distância do local onde ocorreu o ataque e que várias armas foram encontradas no interior do veículo durante uma inspeção.
O EI assume desta maneira a autoria do terceiro massacre contra os cristãos coptas nos últimos seis meses, que deixaram quase 80 mortos no total.
O presidente egípcio Abdel Fatah al-Sisi ordenou ontem que as forças aéreas realizassem bombardeios contra pontos jihadistas perto de Derna, um dos redutos extremistas situado no leste da Líbia. O governante afirmou ainda que o Egito "não hesitará em atingir centros de treinamento" dos terroristas, tanto em "solo egípcio como estrangeiro". (AE com EFE)