Fundo da Caixa tenta recuperar dinheiro investido em empreiteira

Funcionários da Caixa Econômica Federal, tenta agora recuperar outros R$ 200 milhões

O agravamento da situação financeira da construtora OAS em consequência da Operação Lava-Jato fez a Funcef desistir de aplicar R$ 200 milhões em um fundo de investimento da empresa no ano passado.

A Fundação dos Economiários Federais, fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal, tenta agora recuperar outros R$ 200 milhões pagos em 2014 após suposta atuação do atual ministro da Casa Civil, Jaques Wagner (PT).

Segundo mensagens apreendidas no celular do ex-presidente da OAS José Adelmário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, Wagner teria intermediado negócios entre a empreiteira e fundos de pensão. Os diálogos são de julho de 2013, quando Wagner era governador da Bahia. Quatro meses depois, a diretoria executiva da Funcef aprovou a compra de cotas de até R$ 500 milhões em um fundo da OAS – o FIP OAS Empreendimentos.

A segunda parcela de R$ 200 milhões deveria ter sido paga em fevereiro de 2015. "Porém, devido à situação econômico-financeira da OAS, à luz da Operação Lava Jato, a Funcef não realizou o referido aporte e, em consequência, a Fundação perdeu todos seus direitos de governança na Companhia, ou seja, não participa de qualquer reunião, tanto de Conselho como de Comitês e Assembleias da Companhia", diz texto publicado em uma sessão de perguntas e respostas sobre o investimento no fundo de investimento da empreiteira no site da própria Funcef.

Na mesma publicação, a fundação afirma que "no momento, não há motivos para que a Funcef se desfaça do investimento na OAS Empreendimentos". "A Diretoria Executiva da Fundação tem envidado todos os esforços para preservar o investimento feito no FIP OAS Empreendimentos, mantendo sob análise quais as possíveis medidas a serem adotadas para preservar os interesses da Funcef", afirma o texto.