Mais um fornecedor da Apple denunciado por trabalho escravo

Uma investigação de cinco meses em três fábricas chinesas que fornecem peças para os produtos vendidos pela Apple encontrou 86 violações legais e éticas no ambiente de trabalho dos 70 mil empregados. As fábricas do grupo Pegatron foram denunciadas enfrentam denúncias que vão de péssimas condições de trabalho, retenção de pagamentos e horas-extras acima do limite permitido, até despejo de lixo sem tratamento em rios e empregar menores de idade.

As fábricas, responsáveis pela produção de um terço dos iPhones e iPads do mundo, empregavam 10 mil menores como ?estagiários?, mas que eram submetidos à mesma carga de trabalho dos outros trabalhadores. De acordo com a operação, os trabalhadores eram submetidos a 69 horas de trabalho semanais e a lei permite apenas 49.

A China Labor Watch (CLW), organização que procura reprimir abusos trabalhistas, afirmou que a ?Apple aumentou os pedidos para essas fábricas, que se beneficiam pela violação das leis trabalhistas para aumentar a competitividade?. Adicionalmente, a CLW afirma que a situação era ?pior que Foxconn?, empresa com a qual a Apple suspendeu contratos após casos de suicídio devido à pressão exercida sobre os funcionários.

A Apple, primeira empresa de tecnologia a se juntar a Fair Labor Association (Associação para o Trabalho Justo), afirma que vai investigar o caso e que ?tem compromisso em fornecer boas condições de trabalho em toda a sua cadeia de produção?.