Doze países, inclusive Brasil, apoiam parlamento contra 'constituinte'

Países europeus também apoiaram parlamento da Venezuela

Embaixadores de 12 países compareceram neste sábado (19) à sede do parlamento venezuelano, de maioria opositora, eleito democraticamente, para expressar apoio após a Assembleia Constituinte usurpar suas competências para legislar.

Nesse ato de reprovação à semi-ditadura de Nicolas Maduro, o Brasil foi representado pelo diplomata João Marcelo Aguiar Teixeira, encarregado de negócios, que assumiu a chefia da embaixada na ausência do titular. É que o embaixador Ruy Pereira, criticado pela oposição venezielana por suas ligações à ditadura de Nicolás Maduro, viajou para o Brasil.  

Compareceram à sede da entidade em Caracas representantes das embaixadas da Espanha, Holanda, Chile, Itália, Alemanha, Áustria, Argentina, Polônia, México, França, Reino Unido e Portugal. É a maior presença até o momento de embaixadores no Parlamento venezuelano, que já recebeu a visita de apoio de diplomatas de vários países críticos à Constituinte instalada pelo governo.

Também neste sábado, o Parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, confirmou hoje (19) que continua em atividade em sua primeira sessão desde que a Assembleia Nacional Constituinte atribuiu-se das funções do órgão para legislar, medida que gerou inúmeras críticas de outros países.

A Câmara decidiu rejeitar "a usurpação da soberania popular", apontando o Parlamento como "único titular do Poder Legislativo" e continuar ativa para defender o mandato concedido pelas 14 milhões de pessoas que votaram nas eleições legislativas de dezembro de 2015.

Na sessão deste sábado foi aprovada a criação de uma comissão especial formada por cinco deputados e encarregada de "investigar" a "fraude constituinte”, de modo que o Parlamento possa tentar ações legais nacionais e internacionais em defesa da democracia na Venezuela.