Dólar opera em alta, acima de R$ 3,60
Na véspera, moeda dos EUA caiu 0,26%, cotada a R$ 3,6008
O dólar opera em alta nesta quarta-feira (23), após o Banco Central anunciar pelo terceiro dia consecutivo leilão de swap cambial reverso e reduzir a oferta de swaps cambiais tradicionais para rolagem dos vencimentos em abril.
Às 11h, a moeda norte-americana subia 1,3%, vendida a R$ 3,6477.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,68%, a R$ 3,6255.
Às 10h, alta de 1,11%, a R$ 3,6408.
Às 10h30, alta de 1,06%, a R$ 3,6393.
Na véspera, o dólar caiu 0,26%, vendido a R$ 3,6008. No mês, a divisa acumula perda de 10,06% frente ao real.
Intervenção do BC
O Banco Central fará pela manhã leilão de até 20 mil swaps cambiais reversos. Mais tarde, o BC também fará mais um leilão de rolagem dos swaps tradicionais, que equivalem à venda futura de dólares que vencem em abril e correspondem a US$ 10,092 bilhões. O banco ofertará apenas até 2,5 mil contratos, frente a até 3,6 mil contratos previamente.
Os leilões de swap reverso chamam atenção especialmente porque o BC continua promovendo diariamente leilões para rolagem de swap cambial tradicional, que atuam na ponta inversa dos swaps reversos, funcionando como venda futura de dólares.
Nas operações de swap reverso, o Banco Central é quem ganha a variação cambial do período de validade dos contratos. No swap tradicional, o BC é quem paga a variação.
O BC anunciou neste mês que reduziria as rolagens e indicou que deve repor apenas cerca de 75% do lote de abril, depois de sete rolagens integrais consecutivas. Com a venda integral dos 3,6 mil swaps tradicionais na sessão passada, o BC já rolou ao todo o equivalente a US$ 6,527 bilhões, ou cerca de 65% do lote total, que corresponde a US$ 10,092 bilhões.
Alguns operadores interpretam que a combinação das duas operações permite que investidores que haviam comprado dólares no passado pudessem abandonar essas posições em meio à intensa volatilidade, algo que não é possível fazer somente com a redução da rolagem.
O BC atualmente administra estoque equivalente a pouco menos de US$ 110 bilhões em swaps tradicionais. Essas operações tendem a gerar gastos para o BC quando o dólar sobe com força, atraindo críticas de alguns analistas.