Dilma manda Caixa 'tutelar' prefeitos para orientar projetos

A meta é liberar R$ 50 bilhões para saúde, educação e mobilidade urbana

São Paulo – A Caixa Econômica Federal agora escala “tutores” para orientar os projetos de mobilidade urbana de Estados e municípios pelos quais é possível obter a liberação de dinheiro da União. O objetivo do governo é acelerar os gastos com obras de transporte público, uma das cinco “respostas às ruas” anunciadas em meio às manifestações de junho, segundo informa reportagem de Murilo Rodrigues Alves para o jornal O Estado de S. Paulo.

A presidenta Dilma prometeu manter a responsabilidade fiscal, fazer uma reforma política, além de investir mais em saúde, educação e mobilidade. Nesse último caso, a meta é a liberação de R$ 50 bilhões. Desde então, a demanda dos governos estaduais e municipais chegou a R$ 84,4 bilhões, mas até agora só foram feitos anúncios de R$ 19 bilhões em investimentos na área.

O governo federal diz que parte considerável da demanda não possuiu projetos completos em condições adequadas para serem licitados. Segundo o presidente da Caixa, Jorge Hereda, o banco foi convocado para suprir essa deficiência: mandar uma equipe de engenheiros, arquitetos, técnicos-sociais e analistas para auxiliares governantes locais na elaboração do projeto. A ideia é obter soluções burocráticas e até acompanhar as obras. A Caixa chega a colocar um representante do banco dentro da esfera do governo para tornar mais ágeis os programas, contratos e convênios.

O secretário do Plano de Aceleração de Crescimento (PAC), Maurício Muniz, diz que os prefeitos reconhecem a ajuda “significativa”. No entanto, ressalta que a ajuda da equipe da Caixa não exime os administradores de suas responsabilidades.