Em carta de quatro páginas encaminhada neste sábado ao PT para justificar a ausência na reunião do diretório nacional do partido, neste sábado (20), a presidenta Dilma Rousseff defende a realização de plebiscito para a reforma política e diz que, ao lado do ex-presidente Lula, está ouvindo a “voz das ruas” para dar respostas à sociedade brasileira.
Dilma seria convidada de honra. “Eles [brasileiros] querem um novo sistema político, mais transparente, mais oxigenado e mais aberto à participação popular que só a reforma política balizada pela opinião das ruas, por meio de um plebiscito, poderia criar. Mais do que tudo, eles querem ser ouvidos e participar”, afirmou na carta.
Dilma justificou a ausência ao dizer que, com a vinda do Papa Francisco ao Brasil, precisa cumprir “deveres aos quais não posso faltar”, declarou. A ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foi ao encontro representando a presidente.
Ao citar Lula, Dilma diz na carta que está ao lado do ex-presidente ouvindo as ruas para “construir um Brasil cada vez melhor”. Ela lista todas as ações feitas pelo governo em resposta aos protestos populares, como os cinco pactos lançados pelo Palácio do Planalto, para afirmar que está ouvindo as demandas dos brasileiros de “todos os setores”.