Dilma cede a aliado e troca comando de ministério

Como antecipou a coluna de Cláudio Humberto, ministro deixará o cargo

Após pressões do PR, a presidente Dilma Rousseff cedeu e aceitou tirar César Borges do Ministério dos Transportes, que confirmou há pouco sua saída. A demissão de Borges havia sido antecipada na coluna do jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Depois de ser minado pela cúpula do partido aliado – que embora já tenha realizado sua convenção nacional ainda não oficializou apoio a Dilma – Borges foi deslocado pela presidente para a Secretaria dos Portos, até então ocupada por Antonio Henrique Pinheiro.

Pinheiro permanece na Pasta como secretário executivo. Borges esteve reunido na manhã desta quarta-feira com a presidente Dilma no Palácio do Alvorada, mas não falou com a imprensa até a tarde. A cúpula do PR reclamava que César Borges não representava os interesses do partido.

O senador Antônio Carlos Rodrigues (SP), secretário geral do Partido da República (PR), informou que o partido não apresentou o nome do substituto de Borges (BA) e declarou que o PR tem interesse no Ministério dos Transportes. “O César não representa o partido e não vamos apresentar nome nenhum para o lugar dele”, disse. “O PR entregou esse ministério há meses. Ela (Dilma) pode colocar quem ela quiser. O partido não vai indicar ninguém”. Para o lugar de Borges a presidente Dilma acertou o retorno para os Transportes Paulo Sérgio Passos, que já ocupou o cargo.