Debate no Conselho de Ética sobre Cunha segue equilibrado

O placar segue com 11 a nove votos contra a cassação de Cunha

Os deputados federais seguem debatendo, no Conselho de Ética, a situação do presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O parecer do relator, Marcos Rogério (DEM-RO) pede a cassação do mandato de Cunha. A sessão começou por volta das 9h30 desta terça-feira (7) e, até o momento, por volta das 12h30, o placar seguia equilibrado, com 11 votos contra a cassação e nove pela saída do parlamentar. Um voto em separado, apresentado por João Carlos Bacelar, é pela suspensão do exercício do mandato por três meses.

Entre os que pedem a cassação, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirma que houve quebra de decoro por parte de Cunha ao “omitir a verdade”. “Não é isso que se espera de um parlamentar”, disse. Já Carlos Marun (PMDB-MS) diz que Cunha deve, sim, ser punido por “omissão deliberada”, mas que essa punição não deve ser a cassação. Marun é suplente e só vai votar caso a titular, Tia Eron (PRB-BA), não apareça.

Parecer

O parecer foi apresentado na reunião da última quarta-feira (1), mas um pedido de vista conjunta adiou a discussão do parecer. Marcos Rogério recomendou a cassação do mandato do parlamentar por quebra de decoro. O relator acusa Eduardo Cunha de ter mentido à CPI da Petrobras ao declarar que não possuía contas no exterior.

Segundo o relator, a partir de documentos do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Banco Central, “os trustes instituídos pelo deputado Eduardo Cunha representam instrumentos para tornar viável a prática de fraudes”.