CPI aprova convocação de investigados ligados a Youssef

Comissão quer ouvir Leonardo Meirelles e Rafael Ângulo

Os deputados da CPI da Petrobras aprovaram nesta quinta-feira, 14, a convocação de Leonardo Meirelles e Rafael Ângulo Lopez, réus na Operação Lava Jato ligados ao doleiro Alberto Yousseff.

Meirelles é diretor-presidente do laboratório Labogen, de Youssef. Rafael Ângulo Lopez era funcionário da GFD Investimentos, empresa do doleiro. Segundo as denúncias, Lopez ajudava Youssef a controlar a contabilidade das operações.

Tanto o Labogen quanto a GFD aparecem nas apurações da Lava Jato como empresas usadas por Youssef para lavar dinheiro.

A CPI da Petrobras aprovou ainda a convocação do empresário Walter Torre Júnior, dono do grupo WTorre, um dos clientes da empresa de consultoria do ex-ministro da Casa Civil Antonio Palocci. A WTorre também tem negócios com a Petrobras – foi controlador do estaleiro Rio Grande, um dos contratados pela empresa Sete Brasil para construir sondas de perfuração da estatal. 

Também teve sua convocação aprovada o empresário Luís Carlos Borba, presidente da Toshiba. A multinacional teria feito contratos fictícios com a empresa de fachada Rigidez, também de Alberto Youssef, que emitiu notas fiscais falsas para pagamento de propina a políticos. Segundo Youssef, cerca de R$ 800 mil foram repassados por ele ao ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, a pedido da Toshiba.

Outro convocado é o empresário Fábio Pavan, ligado a operações de vendas de poços da Petrobras em Gana, na África.

Funcionários de segundo e terceiro escalão da Petrobras, ligados à área de licitações, formação de preços e construção de refinarias, também serão ouvidos na CPI. Eles são ligados às obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí (RJ), e da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.