BRICs vão criar fundo para proteger economias e estabilizar câmbio

Rússia e China anunciaram hoje (05) que os países que formam o grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) criarão um fundo de US$ 100 bilhões para manter as economias emergentes aquecidas e estabilizar os mercados cambiais, que têm se mostrado instáveis desde que surgiram rumores de que o Federal Reserve (FED) — banco central dos Estados Unidos — irá cortar os US$ 85 bilhões injetados mensalmente na economia.

O temor dos investidores é que com a melhora do cenário interno nos EUA o FED retire definitivamente o estímulo, o que poderia levar a uma migração para ativos considerados mais seguros. A China, dona da maior reserva cambial do mundo, contribuirá com a maior parte dos recursos do fundo, embora a parcela exata de cada nação ainda não tenha sido revelada. A poucas horas da abertura dos trabalhos do G20 em São Petersburgo (Rússia), os Brics mandaram uma mensagem direta para o governo norte-americano, dizendo que as medidas tomadas pelo seu banco central para incentivar a recuperação econômica não devem ser canceladas, já que isso causaria um impacto negativo em todo o mundo.

O vice-ministro das Finanças da China, Zhu Guangyao, pediu para os Estados Unidos terem em conta os efeitos que algumas de suas decisões podem provocar no resto do planeta e convocou Washington a trabalhar em conjunto pela estabilidade dos mercados financeiros globais.

Ansa