Apostas para a seleção são Tite, Muricy Ramalho e Luxemburgo
Após o fracasso vexatório de Felipão, CBF vai definir seu substituto
A derrota do Brasil na semifinal abre o processo sucessório na seleção. Três nomes aparecem com força: Tite, Muricy Ramalho e Vanderlei Luxemburgo. Alexandre Gallo, coordenador das seleções de base e já escalado para dirigir o Brasil na Olimpíada do Rio, em 2016, também não pode ser descartado.
Quem vai definir a sucessão de Felipão é Marco Polo Del Nero, eleito presidente da CBF em abril passado e com a promessa de assumir a entidade em 2015. Del Nero, fiel a José Maria Marin, tem as suas preferências, mas não deve tomar uma decisão de forma isolada. Vai ouvir seus pares, presidentes de federações estaduais e dirigentes influentes para dar a palavra final.
Neste caso, Tite perde força. Um dos líderes da preferência popular depois de conquistar a Copa Libertadores e o Mundial de Clubes da Fifa com o Corinthians, o treinador está sem clube desde novembro do ano passado à espera de um convite da CBF. Pesa contra Tite a estreita ligação que tem com o Corinthians, clube na órbita do ex-presidente Andrés Sanchez, o maior desafeto de Del Nero.
O dirigente teme que a eventual escolha de Tite possa significar a repetição do erro cometido com Mano Menezes em 2010. Mano, na época, dirigia o Corinthians e surfava nos bons resultados do time. Sem experiência na seleção e de pouca aceitação nacional, fracassou no comando do time brasileiro a ponto de Del Nero e Marin radicalizarem, com a volta de Felipão e Parreira.
Muricy Ramalho é o favorito, se Del Nero consultar apenas Marin. O atual presidente da CBF, de fortes ligações com o São Paulo, é um admirador do treinador são-paulino. Muricy já rejeitou um convite da CBF, em 2010, do então presidente Ricardo Teixeira. Não teria o menor problema em assumir agora. Resta saber se Muricy terá paciência para comandar a seleção – ele que já anunciou para breve sua aposentadoria.
Correndo por fora, mas com muito cacife, aparece Gallo. Escolha de Marin para coordenar a base da CBF, ele trabalhou como observador de Felipão na Copa das Confederações e no Mundial. Está na pauta e não pode ser descartado.
Marin já defendeu, enfaticamente, a promoção de Gallo, mas Del Nero torce o nariz para a ideia. “Ele reconhece que o treinador é competente, mas não teria experiência para assumir a seleção principal”, disse um interlocutor do futuro presidente da CBF.