Ação tenta usar Justiça para melar acordo de indenização em Mariana

São R$140 bilhões aguardados há anos, em uma das maiores indenizações do mundo por tragédias ambientais

Advogado de Minas Gerais entrou com um mandado de segurança no último dia 25 de setembro para suspender o acordo de reparação pelo desastre  de Mariana, que está prestes a ser finalizado entre o poder público e as empresas Vale e BHP, pondo fim a uma longa esperaa

Apesar de ser considerada uma das maiores indenizações do mundo por tragédias ambientais, de ao menos R$140 bilhões,  o advogado Bernardo Campomizzi tenta impedir o acordo  junto ao Superior Tribunal de Justiça  da 6ª região de Belo Horizonte. Ele representa uma moradora atingida pelo desastre e alega que as vítimas “não estão sendo ouvidas”.

Campomizzi é figura fácil em postagens nas redes sociais entre os aliados do escritório inglês Pogust Goodhead (PG), o mesmo que processa a Vale e a BHP  em tribunais internacionais. Ocorre que um acordo no Brasil enfraqueceria as alegações do PG de que um julgamento internacional é necessário por falta de compensação no país.

Paralelamente à ação instaurada pelo advogado aliado que questiona a participação das vítimas nas negociações do acordo,  o PG está na outra ponta tentando evitar justamente tentando evitar que elas sejam ouvidas. O escritório britânico está enviando mensagens aos representantes de varias atingidos, alertando para que não participem de associações, como a FredaRio (Frente em Defesa dos Atingidos pelo Rio Doce),  para “não prejudicar” o andamento do processo na Inglaterra.