Ministro aponta baixa adesão da greve dos caminhoneiros e destaca papel do mercado

Tarcísio Gomes de Freitas explicou que a questão não é de governo e sim de mercado

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou esta manhã (1º) que o frete no transporte de cargas é “problema de mercado e não de governo”, ao explicar o que quis dizer quando afirmou, em áudio viralizado, que os caminhoneiros precisam “desmamar” do Planalto.

Ele também ressaltou que os caminhoneiros sempre podem recusar o contrato de frete se discordarem do valor, para destacar que o governo não pode interferir nessa negociação.

O ministro da Infraestrutura afirmou em entrevista à Rádio Bandeirantes, no Jornal Gente, que a greve dos caminhoneiros convocada para esta segunda-feira (1º), tem baixa adesão em todo o País. Tarcísio diz que isso já era esperado porque o movimento está longe de representar toda a categoria.

Sobre o valor dos combustíveis, principalmente do diesel, uma das razões do movimento dos caminhoneiros, ele disse que a Petrobras é responsável por 46% dos custos do produto. Ele admitiu a necessidade de revisão de outros custos, como os 16% que ficam com as distribuidoras/atravessadoras de combsutíveis.

Além da questão do frete, os caminhoneiros reclamam do custo do diesel, mas o ministro da Infraestrutura disse que o governo não pode interferir nas decisões da Petrobras.

Tarcísio Gomes de Freitas lembrou que, apesar de ter subido este ano, o preço está no mesmo nível de janeiro de 2020. Segundo ele, o que pode ser feito, mas isso vai depender dos Estados, é uma alteração na forma de cobrança do ICMS.

O ministro de Infraestrutura foi entrevistado pelos jornalistas Thays Freitas, Pedro Campos e Cláudio Humberto, do programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes.