MP do Coaf não abre brecha para nomeações políticas, diz Maia ao defender aprovação

Presidente da Câmara também voltou a defender o controle dos gastos públicos para reduzir o tamanho do estado

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), voltou a afirmar, nesta quarta-feira, 21, que a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Banco Central garante que não vai haver interferências políticas no órgão.

“Teremos um Coaf técnico, sob a liderança do presidente do BC. A decisão inviabiliza uma tentativa de espaço político no órgão”, disse.

A mudança foi feita por Medida Provisória (MP), que alterou também o nome do órgão fiscalizador para Unidade de Inteligência Financeira (UIF).

“A MP do Coaf é uma decisão correta. Diferente do que um jornal disse hoje não abre brecha para nomear político nenhum. Isso está errado. O Banco Central já existe. Ninguém nunca viu uma discussão que algum político tentou nomear alguém no Banco Central”, afirmou Maia.

“Então colocar o Coaf no Banco Central é garantir que não vai ter nomeação política, porque está debaixo de uma estrutura que a política hoje nem demanda espaço. Nem nesse governo, nem nos anteriores. Então é uma garantia de que nós vamos ter um Coaf técnico”, declarou.

Maia disse que vai se empenhar pessoalmente pela aprovação da medida provisória, que, segundo ele, foi editada da maneira correta.

“Acho que a Medida Provisória está correta. Nós vamos apoiar. Eu pessoalmente vou trabalhar para que ela seja aprovada da forma com que o presidente Bolsonaro encaminhou ao parlamento”, afirmou o presidente da Câmara.

Reforma administrativa

O presidente da Câmara voltou a defender o controle dos gastos públicos para reduzir o tamanho do estado. Segundo ele, a reforma administrativa vai combater o alto custo da máquina pública, a ineficiência e a falta de produtividade do setor público.

Maia também reafirmou que é importante rediscutir em que condições o servidor público deve ter estabilidade e defendeu um novo marco salarial onde a carreira tenha relevância para o servidor.

“Como o salário é muito alto, o servidor trabalha mais em soluções para o extrateto do que valorizar sua carreira, porque a carreira é curta”, destacou. (ABr)