Médicos dão bronca em Bolsonaro e o proíbe de falar com ministros

Devido à cirurgia, o presidente deveria ter evitado falar, porque pode provocar acúmulo de gases na região do abdômen e atrapalhar a cicatrização

As recomendações médicas pós-cirurgia eram claras: o presidente Jair Bolsonaro não poderia falar nos primeiros dias para que ocorresse o acúmulo de gases na região do abdômen e atrapalhar o processo de cicatrização. Ele retirou, na segunda-feira, 28, a bolsa de colostomia e reconstruiu o trânsito intestinal

No entanto, o presidente não cumpriu as orientações e levou uma bronca da equipe médica do hospital Albert Einstein depois de fazer uma reunião por videoconferência com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, nesta sexta-feira, 1°.

A conversa com o general durou cerca de dez minutos. Foram tratados temas sobre a Venezuela a violência no Ceará, entre outros monitoramentos diários.

O presidente também foi desaconselhado a assistir televisão e acompanhou apenas parte da eleição das mesas diretoras da Câmara e Senado nesta sexta.

Seguindo orientação médica, Bolsonaro não telefonou para cumprimentar Rodrigo Maia (DEM-RJ) pelo resultado. O deputado foi reeleito ontem, em primeiro turno, com 334 votos e ocupará a presidência da Casa pela terceira vez.

No Twitter, o presidente desejou ao deputado “sucesso e sabedoria”, para que os anseios da população brasileira prevaleçam no parlamento.

Na manhã deste sábado, 2, o presidente passou por avaliação médica e está acompanhado pela mulher, Michelle, e pelo filho Carlos, que passou a noite no hospital. Bolsonaro segue fazendo fisioterapia e exercícios.

Por orientação médica, o presidente não deve assistir ao jogo do seu time Palmeiras contra o Corinthians no final da tarde.