Acusado de ameaçar Toffoli já sugeriu tiro em Moro e tocar fogo no TJ, OAB e redações

Advogado petista foi convocado pela PF em 2016, para explicar discurso violento

Alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (21), o advogado petista investigado por publicar no Twitter uma ameaça de atirar no presidente do STF Dias Toffoli, já utilizou o mesmo perfil, em 2016, para publicar que o então juiz da Operação Lava Jato, agora ministro da Justiça Sérgio Moro, levaria “tiro no meio da testa”. No mesmo ano, Adriano Laurentino de Argolo foi convocado pela PF após propor “ocupar e tocar fogo” em sedes de instituições e redações de imprensa de Alagoas, em um grupo do aplicativo do WhatsApp contrário ao avanço do processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT).

A proposta de incendiar o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e “órgãos de mídias” alagoanos, foi feita pelo advogado alagoano durante o “Abril Vermelho” de 2016, enquanto manifestantes ligados ao Movimento Sem Terra (MST) bloqueavam rodovias do estado, em defesa da Dilma.

Depois de declarar que o Estado Islâmico poderia dar uma força, o advogado disse à época que a conversa foi descontextualizada uma “brincadeira” no grupo denominado “Juristas em Defesa da Democracia”. E disse ter feito uma brincadeira, em meio ao debate com colegas de profissão que estariam articulando a ocupação da sede da Seccional Alagoana da OAB, em Maceió.

“Eu penso que houve uma descontextualização do post para me prejudicar pessoalmente e no grupo de juristas pela democracia tinha uma pessoa infiltrada mal intencionada para prejudicar pessoas individualmente e o grupo em si. Prestei todo esclarecimento à Polícia Federal, mostrei o contexto de toda a conversa que tivemos no grupo e acredito que isso tenha ficado muito claro”, disse Argolo, em entrevista ao site CadaMinuto, à época.

Ao ser alvo de mandado de busca em sua casa, em Maceió (AL), na manhã de hoje Argolo exaltou ter índole pacífica, não ter armas e nem ter publicado ameaça a Dias Toffoli ou ao STF.

Em 2016, disse ser vítima de linchamento pela exposição de seus pensamentos, e que seria loucura pensar que ele poderia praticar alguma violência.