Ninguém é dono da verdade.
Porém, adoto no jornalismo a máxima “informação com opinião”.
Procuro a isenção na análise dos fatos, mas o julgamento final é do internauta.
Não se pode negar, que são positivas as notícias sobre a economia brasileira.
Os analistas têm registrado desemprego caindo com melhor resultado desde 2014, inflação também, revisão projeções de crescimento para cima, dólar em baixa e recentemente a elevação da nota de crédito da “Fitch”, agência de classificação de risco global.
Entende-se por agencia de classificação de crédito aquela que mede o risco e é usada pelo mercado financeiro para instruir investidores, quanto às melhores decisões sobre onde colocar o dinheiro e fazer render.
Será que a onda levará o país para um desenvolvimento sustentável?
Independentemente da situação econômica interna, há otimismo na comparação com outros países.
A China cresce menos do esperava, a Rússia enfrenta a guerra na Ucrânia, África do Sul sofre pressões políticas, Turquia, igualmente.
Neste contexto, Brasil e México são os dois países que estão mais bem posicionados.
A promessa do ministro da Fazenda Fernando Haddad de um déficit menor e o apoio de Lula à agenda de responsabilidade fiscal colaboraram para a dissipação das incertezas.
Mesmo com esse quadro, há nuvens cinzentas nos céus de Brasília.
Aumenta a resistência ao ministro Haddad, principalmente da bancada do PT na Câmara e da direção nacional do partido.
Há mágoas do tempo em que ele esteve à frente da prefeitura, quando resistiu a nomear aliados e não foi reeleito.
Todas as mágoas voltaram à tona agora com ele ministro na tentativa de torná-lo menos “liberal e tucano”, como dizem os opositores, mas também de inviabilizá-lo como candidato a sucessor de Lula em 2026.
A aprovação da reforma tributária posicionou bem o ministro Haddad junto ao mercado, de investidores e empresários
A simplificação do complexo sistema tributário brasileiro contribuirá para melhorar a produtividade do país.
É importante deixar claro que esse cenário positivo tem a presença responsável do presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, que se manteve numa posição racional, sem explodir expectativas, antes que as reformas principais fossem encaminhadas.
Os ataques do governo ao presidente do BC certamente têm o objetivo de desestabilizar a direção do BC para assumir o controle e definir taxa de juros irreais, de olho na próxima eleição.
Será um desastre se isso acontecer.
Agora, o que se espera é que com os avanços, a taxa de juros possa ser reduzida, com estabilidade, e sem riscos de oscilações danosas à economia.
Caso se consolidem os acordos comerciais com o Mercosul, a União Europeia e a reforma administrativa avance, o país poderá trilhar caminho estável de crescimento.
Não torço contra o governo, porque significaria torcer contra si próprio.
Todavia, não significa fechar os olhos ou não dar voz a críticas.
Se essas reformas necessárias não significarem realmente passos à frente, existirá o dever de lançar nome para a presidência e vencer as eleições em 2026.
Na democracia é assim!
Não adianta choramingar, como aconteceu em 2022.