O brasileiro anda muito mal acostumado

É, o brasileiro anda muito mal acostumado, mesmo. Uma década e meia recebendo, calado, as atrocidades cometidas pela esquerda vermelha que se assenhoreou do País e, numa ditadura velada, fazia o que queria com o povo, apoiado pelos amigos do rei e pelos interessados em ‘nacos’ de poder.

Todo santo dia eram absurdos atrás de absurdos que os governantes praticavam e ai daqueles que discordassem, eram execrados e chamados de retrógados, fascistas, conservadores e desprovidos de visão já que, tudo era para um Brasil melhor no futuro.

Muito bem, o futuro chegou e o que aconteceu? O Brasil ficou estagnado no ranking de desenvolvimento humano das Nações Unidas, que mede o bem-estar da população considerando indicadores de saúde, escolaridade e renda. Dentre um conjunto de 189 economias, segundo dados recentes divulgados pelo PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, o país se manteve na 79ª posição, atrás da Venezuela, de Cuba (tantos recursos brasileiros ali aplicados), do Panamá, de Trinidad & Tobago, da Sérvia e Croácia (ambos pós-guerra), do Cazaquistão, do Uruguai e outros.

O Brasil segue com elevada taxa de desemprego que se reduz, sim, mas, lentamente. Segundo o IBGE, 12,8 milhões desempregados (PNAD-IBGE, trimestre maio-julho 2018).

Agora, aparece um mandatário que fala abertamente sobre o que é destituído de sentido, de racionalidade, o que, simplesmente, não se enquadra em regras e condições estabelecidas de comportamento social e recebe uma enxurrada de protestos. Ah…

Calma aí gente, se nunca antes na história desse País alguém falou sobre o que era (ou estava) errado, agora vai se falar. É melhor já ir se acostumando.

Oposição para discutir reformas (necessárias, diga-se de passagem), aceita-se. Contestar o comportamento abjeto de uma geração que traz consigo o reflexo da falta de educação é, porém, inadmissível. Se há um desvio de conduta ele tem que ser apontado, sim, até para que uma cabível punição sirva de elemento impeditivo para uma reincidência. O que é que há? Então, porque vivemos uma democracia pode-se atacar e perverter costumes civilizados? Invoquemos, pois, o dito popular que proclama: “o direito de uns acaba onde começa o dos outros”. Isso envolve o bom senso, a ética, os valores morais e, também, direitos e deveres assegurados em Lei. Tudo tem um limite.

Nem pensem em me calar e me obrigar a ver mulheres ou homens desnudos, em praça pública, manifestando-se com gestos agressivos pelas obscenidades. Que respondam, de alguma forma, pelos seus atos.

Faz muito bem o Senhor Presidente da República em demonstrar seu repúdio a toda essa grosseria gratuita que nos impõe certa turma de desqualificados. Não aprenderam educação e limites em casa, que aprendam pelo rigor da Lei que se lhes deve aplicar.

José Márcio Couto é advogado.