Mais ou menos na mesma época Jose Montilla, Ministro da Indústria da Espanha, anunciou a obrigatoriedade da instalação de painéis solares em prédios novos. Apurou-se, naquele país, que ao longo de cinco anos a instalação desses geradores em 3,5 milhões de prédios proporcionou uma economia de € 245 milhões apenas em combustíveis – desconsiderados os ganhos em função da redução dos índices de poluição etc.
Na França anunciou-se a construção de uma imensa central de produção de energia elétrica a partir do sol. Com capacidade instalada de 1 gigawatt, quase equivalente a de algumas centrais nucleares, será a maior da Europa. Suprirá as necessidades de estimadas 600.000 pessoas da região de Bordeaux.
Nos EUA funciona, desde 2014, a Usina de Energia Solar de Ivanpah. Situada na California, produz energia elétrica suficiente para abastecer 140.000 residências. Considerada a realidade nacional estamos a falar de uma matriz que responde por 97,2 gigawatts, capaz de prover energia elétrica para 18 milhões de residências. Responde por 3% da geração de energia elétrica dos EUA (dados de 2021).
No Reino Unido anunciou-se, em junho de 2021, que a capacidade instalada de geração de energia solar alcançou 13,5 gigawatts – já respondendo por 4,1% do consumo nacional de energia elétrica. Eis aí um exemplo digno de atenção, considerado o clima notoriamente desfavorável daquele país.
Na Europa como um todo projetou-se para 2030 que 20% da geração de energia elétrica virão de painéis solares – cujas instalação e manutenção criarão 4 milhões de empregos!
Enquanto tudo isso acontecia pelo mundo afora li, no “site” Diário do Poder, a seguinte notícia: “O bilionário lobby das distribuidoras de energia tenta acabar com as regras definidas pela Aneel, agência reguladora, destinadas a estimular a utilização da energia solar no Brasil, inclusive residencial” (08 de abril de 2021). Será que conseguiram?