Brasil estava caminhando para ter dois países dentro de um só, cada qual com seu modo de atuação. Um que quer trabalhar, produzir riquezas; o outro que se esforça para atrapalhar.
Tudo teve início com a posse do presidente Jair Bolsonaro em janeiro de 2019. As forças de esquerda jamais aceitaram o fim dos privilégios com dinheiro que jorrava de órgãos e empresas públicas: financiava campanhas caríssimas, abastecia sindicatos e associações e irrigava o caixa de ONGs (Organizações Não-Governamentais) inúteis.
O Brasil não era mais o mesmo. Houve o fechamento da torneira de onde escorria o dinheiro. As licitações de obras e serviços públicos passaram a ser feitas de maneira republicana. O “por fora” desapareceu e, em consequência, sobreveio o choro. Inevitável.
Mas ainda faltava entrar no jogo um elo forte dos grupos desmamados: setores da grande imprensa. A primeira a sentir o desmame foi a poderosa Rede Globo e seus diversos veículos — grupo que sempre utilizou seu poder de manipulação das massas para chantagear governos. Depois, vieram outros grupos de comunicação, igualmente desmamados.
Tinha-se, portanto, tríade pronta para atacar um governo que começava a executar seu plano de por fim aos desvios de recursos estatais: políticos, sindicatos e parte da mídia. A suspensão do leite foi ampla, rompendo-se prática de décadas. Logo, as manifestações da esquerda praticamente desapareceram; esquemas com recursos públicos foram sufocados e a grande imprensa, sem dinheiro fácil, teve que se reinventar.
A TV Globo, por exemplo, deu início a um processo de demissão nunca visto. Artistas consagrados foram chamados para negociar a saída — alguns com mais de meio século na emissora. A maioria com salários astronômicos. Descobriu-se por que a Globo pagava tão bem. Enfim, o cordão que unia governo e grande mídia tinha-se rompido. Tempos sombrios para os parasitas do dinheiro alheio.
Diante desse cenário, evidentemente, começou a surgir movimentos para afastar o presidente da República do cargo para o qual foi eleito democraticamente e que havia recebido aval de 58 milhões de brasileiros para executar o programa de governo vencedor nas urnas.
Para ajudar o movimento dos “desmamados”, surgiu o novo coronavírus no início de 2020. As narrativas tinham, evidentemente, que atingir Jair Bolsonaro, responsável por fechar as torneiras públicas que irrigavam vários currais da “grande sociedade”.
De um ano para cá, vimos surgir dois brasis: um que quer trabalhar, produzir bens e riquezas; outro que tem feito o possível para segurar essa máquina. É o que temos presenciado ao longo desse ano de pandemia.
A manifestação do agronegócio duas semanas atrás, em Brasília, mostrou que há um país que não parou. Isso não significa que desafiaram o vírus. De forma nenhuma. Pode-se trabalhar, ir à luta, produzir, ser útil, seguindo todos os protocolos de biossegurança. Uma coisa não elimina a outra.
Mas o outro lado cruzou os braços — e não contente — passou a sabotar o outro Brasil. A criação da CPI da Pandemia, no Senado, é exemplo do Brasil que investe para que tudo saia errado. Que as mortes por Covid-19 aumentem, que as vacinas demorem para chegar e que a economia vá à bancarrota, destruindo os pilares econômicos do ministro Paulo Guedes.
Os dois brasis estão bastante claros para a população brasileira. É preciso que saibamos distinguir o modo de agir de todos esses atores. O Brasil, contudo, não é um filme em que sua história pode ser alterada, subjugada, conforme o script de grupos ideológicos, que se aliaram aos desmamados.
O Brasil que almejamos continua pujante, disposto a se manter no caminho planejado. Não serão movimentos desqualificados, maldosos e inadequados que impedirão, repita-se, o projeto que teve aprovação das urnas. Nossa fortaleza está no respeito aos princípios mais sublimes de uma nação: soberania popular, pátria, família e liberdade.