Na semana da diplomação de Luiz Inácio o que se viu em Brasília foi uma prévia do que pode acontecer ao longo de todo o mandato e até após esse ciclo.
O Poder Judiciário, pela caneta pesada do Min. Moraes, determinou a prisão preventiva de um indígena e, na sequência, vieram os atos de vandalismo. Ônibus foram queimados, depredados e, automóveis, pelo menos sete, foram totalmente destruídos, além de placas de identificação de ruas e sinais de trânsito, enfim, um prejuízo “calculável”.
Outros eventos foram vistos, adotando-se como marco inicial a data da diplomação, que foi antecipada, até hoje sem justificativa aparente, enfim, e sendo assim, rodovias foram interditadas em Brasília, por indígenas e/ou simpatizantes, pelo que a imprensa revelou, pelos partidários do atual governo.
O certo é que não houve uma investigação isenta de qualquer suspeita e quem tem atuado com mais precisão é a Polícia Civil do Distrito Federal. Fala-se na inércia da Polícia Federal, mas há dúvida se seria da sua competência o tipo de investigação.
Na semana passada, como todos vimos, revelou-se suspeita de bomba, nas proximidades do aeroporto de Brasília, com dispositivo de acionamento à distância, estrategicamente posicionada próximo ou abaixo de um caminhão com produtos inflamáveis o que, por óbvio, ampliaria o poder de destruição.
Vê-se, pelo histórico, uma escalada desse tipo de prática, ainda não totalmente tida por terrorismo, embora, o Min da Justiça indicado se apresse a intitulá-la como tal.
Não há, ainda, uma organização estruturada para tais condutas, mas, pelo que se pode perceber, atos isolados, o que dificulta a ação de inteligência das forças do poder público para coibir tal comportamento criminoso. Os atos de terrorismo, como todos sabemos, ante as práticas de grupos extremistas, agem com um propósito claro, uma pretensão objetiva, inclusive, revelando-se, após o resultado de suas ações e, mais, com o desejo de obter algum viés político.
No Brasil, ainda não é o caso; certamente, dada a inabilidade dos políticos e da equipe que assumirá o poder na próxima semana, isso haverá de se dar.
Agora, por outro lado, desde a redemocratização, isso nunca se viu, sequer se mencionava tal hipótese. E isso agora se dá, por quê?
Claro que tais ações não brotaram nos meses após o resultado das eleições. A prática odiosa, que os vestais do Partido dos Trabalhadores e coligações não se cansam de propalar, afirmam, categoricamente, teria nascido nos acampamentos nos quarteis. Isso não pode ser absolutamente verdadeiro.
Aquele contingente ali reunido, no que se denominou “Forte Apache”, nada mais é do que o resultado da indignação de pessoas probas que se indignam, ante o que se apurou nas urnas, nada mais além disso. Clamam, e muitos do que ali estão sequer sabem a dimensão do que pleiteiam, por uma intervenção militar, por uma virada de mesa, à revelia da legalidade e aí é onde revela o que ora acontece no Brasil, ou seja, o Poder Judiciário, a sua sanha protagonista e o seu explícito ativismo, surgindo no cenário como sendo o principal ator dessa tragicomédia neste circo de horrores. Sim, porque desde a trama para a soltura de um sujeito que foi condenado por mais de 15 magistrados, bastou apenas um para fazer a diferença e lançar um estado de insegurança e mais do que isso, a desacreditação da Justiça. Ora, sendo assim a quem recorrer senão à violência?
Nesse estado de coisas, mais uma mazela que se alastra pelo país, reitero, pela vaidade de um cidadão, ex-presidiário, que jamais deveria ter retornado ao poder, não bastasse os roubos, desvios, corrupções e outros males que causou, inclusive, com a eleição do atual presidente, que, a final, revelou-se numa estranha atitude de covardia e reclusão, deixando órfãos os seus mais de 58 milhões de eleitores, ora submetidos ao alvedrio de uma ditadura que se instala, cuja propaganda ao estilo nazista, apresenta-se travestida de democracia e que irá, como já demonstrou concretamente, perseguir os que lhes são contra e avançar os seus tentáculos para a total dominação ao seu modo e com fins de perpetuação no poder.
Finalmente, assim como se deu a prisão do elemento que atentou contra a vida do atual presidente, num passado recente, nada se sabe quem foi o mandante, ou mesmo que agiu isoladamente, ou ainda, que o sujeito não tem suas faculdades mentais hígidas, o fato é que o cidadão que tramou o atual atentado, a bomba, ao contrário, o que também é de uma estranheza ímpar, tudo revelou, disse de onde veio, como conseguiu o explosivo, o que queria fazer, endereço, telefone, pix, RG e CPF, tudo a evidenciar o temor e mais ainda a eficácia da atividade policial que dá o recado, qual seja, quem tentar coisa semelhante será capturado e também, como já se noticiou neste momento, mais uma vez S. Excia, todos sabem quem, para corroborar, mandou prender mais dois, pois pairam suspeitas que estão envolvidos em tais atividades. Tudo muito estranho e que ninguém sabe de nada, prática, aliás, já perpetrada quando se investigavam operações do quilate do Mensalão e Petrolão. A história se repete, mais cedo do que se poderia imaginar. Aguardemos os fatos desta semana.