Grupo de Lima, reunião de líderes e Guaidó no Brasil

O Grupo de Lima, formado por 14 países que buscam contribuir para o fim da crise na Venezuela, se reuniu na segunda (25) em Bogotá, na Colômbia. Com a presença do vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão, o grupo reiteirou que a transição política na Venezuela deve ocorrer de forma pacífica, descartando uma possibilidade de intervenção militar. Com a primeira participação do autoproclamado presidente interino Juan Guaidó, o grupo assinou uma declaração em que exige a saída imediata de Nicolás Maduro do poder. A declaração condena ainda o bloqueio da entrada de ajuda humanitária no país e pede que Corte Penal Internacional julgue o caso. O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, anunciou novas sanções à Venezuela e pediu para que os demais países do Grupo de Lima façam o mesmo. Pence anunciou também um repasse de US$ 56 milhões aos países aliados que receberam imigrantes venezuelanos. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o Brasil defenderá soluções pacíficas e que o governo brasileiro continuará com a pressão diplomática, política e econômica para buscar o fim do regime de Nicolás Maduro, a quem Mourão chamou de criminoso. SAIBA MAIS: Grupo de Lima defende solução pacífica com novas eleições na Venezuela; SAIBA MAIS: Pence anuncia que Estados Unidos vão impor mais sanções à Venezuela. Reunião de líderes Na terça (26), o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com líderes de partidos na Câmara dos Deputados para discutir a reforma da Previdência. Entre as discussões do encontro estava a possibilidade de mudanças na proposta enviada ao Congresso — principalmente relacionada ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e à aposentadoria rural. Depois da reunião, os parlamentares comentaram que Bolsonaro está aberto a mudanças no texto entregue pelo governo. Tanto o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, estão comprometidos em ajudar o governo na aprovação da reforma e prometem uma tramitação ágil nas duas Casas. A votação da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, que discute se a emenda constitucional fere ou não a Constituição, deve ocorrer só após o carnaval. Maia afirma que espera a proposta sobre novas regras para aposentadoria dos militares. Alcolumbre já sinalizou que se a Câmara votar a proposta até abril, o Senado pode aprovar o texto até julho, antes do recesso parlamentar. SAIBA MAIS: Previdência foi tema de reunião entre Bolsonaro e líderes de partidos na Câmara; SAIBA MAIS: Rodrigo Maia é aliado melhor que um ‘líder do governo’ na Câmara; SAIBA MAIS: Senado pode votar reforma da Previdência até julho, diz Alcolumbre. Segunda cúpula Terminou mais cedo, na quinta (28), a segunda cúpula entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, em Hanói, Vietnã. A reunião entre os dois líderes acabou sem um acordo após divergências entre os dois lados. Para aceitar o pedido dos Estados Unidos para o desmantelamento completo do Complexo de Yongbyon, um importante parque nuclear norte-coreano, o ditador pediu o fim das sanções imposta pelos norte-americanos contra o seu regime. Trump, no entanto, não concordou com o proposto, o que considerou um “desnível” de expectativa entre as duas nações. Mesmo não chegando a um acordo, Trump afirmou que Kim Jong-un prometeu não reiniciar os testes nucleares e de mísseis. Em um comunicado, a Casa Branca afirmou que as delegações dos dois países esperam se encontrar novamente no futuro. Essa foi o segundo encontro entre Trump e o ditador norte-coreano. Em junho do ano passado, os dois líderes se reuniram em Singapura e trataram principalmente sobre o comprometimento da Coreia do Norte em iniciar o processo de desnuclearização do país. O acordo, no entanto, não incluiu nenhum cronograma ou previsão de medidas concretas. SAIBA MAIS: Cúpula entre Trump e Kim Jong-un termina mais cedo e sem acordo; SAIBA MAIS: Ditador norte-coreano é um grande líder e tem um futuro ‘tremendo’, afirma Trump. Encontro com Guaidó Também na quinta (28), o presidente Jair Bolsonaro recebeu em seu gabinete o autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó. O encontro — não considerado uma visita de Estado, por isso sem as habituais formalidades — foi acompanhado também pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Bolsonaro e Guaidó apareceram lado a lado para um pronunciamento no Palácio do Planalto. O presidente brasileiro afirmou que o governo não poupará esforços para restabelecer a democracia na Venezuela, por meio de novas eleições. Já Guaidó declarou que o encontro com Bolsonaro no Brasil marca um novo começo para a relação entre os dois países. O autodeclarado presidente interino se reuniu ainda com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) e com diplomatas da União Europeia e dos Estados Unidos. Guaidó deixou o Brasil nesta sexta (1º), rumo ao Paraguai. Nos próximos dias, o autoproclamado presidente venezuelano promete voltar a Caracas, capital da Venezuela, mesmo com as ameaças de que será preso se retornar ao país, feitas pelo ditador Nicolás Maduro. SAIBA MAIS: Bolsonaro e autoproclamado presidente da Venezuela se reúnem nesta quinta; SAIBA MAIS: Guaidó diz que encontro com Bolsonaro marca relacionamento positivo; SAIBA MAIS: Bolsonaro diz que vai atuar para restabelecer democracia na Venezuela.