Servidora do STJ agredida pelo marido e colega dentro de carro oficial
Ministro Jorge Mussi tomou conhecimento dos fatos e mandou apurar
Um caso clássico de Lei Maria da Penha em vez de terminar na delegacia está sendo protegido pela lei do silêncio no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Isso porque o agressor é um segurança da vice-presidência daquela corte.
Segundo relato de fontes, Anderson é casado com uma recepcionista que também trabalha no STJ. No dia 15 deste mês, ele e a vítima tiveram um desentendimento no trabalho motivado por ciúme.
O companheiro então a puxou pelo braço e a conduziu para fora do STJ. Bastante alterado, Anderson teria forçado a companheira a entrar em um carro oficial de marca Hyundai Azera, de cor preta. Lá dentro, a mulher teria sofrido toda sorte de agressões.
As cenas de agressões foram registradas pelo circuito de câmeras internas e externas do STJ, para o caso de a Polícia Civil investigar.
A Secretaria de Comunicação Social do STJ informou ao Diário do Poder que o vice-presidente no exercício do presidência do STJ, ministro Jorge Mussi, tomou conhecimento do fato e mandou apurar.
A assessoria do STJ diz que o. ministro Mussi tomou conhecimento das agressões pela direção do tribunal, e determinou que se tomem todas as providências que sejam pertinentes para a apuração do caso, no âmbito interno da Corte, “inclusive para o resguardo da vítima, cuja possível postulação policial ou judicial não é da alçada do STJ.”
Os relatos são impressionantes. Ao conseguir se libertar das agressões dentro do carro oficial, a vítima correu para o serviço de segurança do STJ. Foi aí que o caso ganhou segredo de justiça informal. O coordenador de Segurança do STJ, Jair Pereira, teria dissuadido a vítima, que é sua subordinada, de prestar queixa na delegacia.
Depois disso, Jair também teria determinado aos vigilantes de plantão, seus subordinados, que não comentassem o caso. E ficou por ali mesmo.