Condenado à prisão o hacker que clonou celular de Marcela Temer
Ele chegou a chantagear a primeira-dama, exigindo R$300 mil
Silvonei José foi detido provisoriamente em maio deste ano. Ele descobriu o número de telefone pessoal de Marcela ao comprar um CD pirata que armazenava dados de diversas pessoas, públicas e anônimas. O hacker então clonou o WhatsApp da primeira-dama e, se passando por ela, pediu R$ 150 mil ao irmão de Marcela para uma suposta pintura.
Depois disso, Silvonei teria confrontado Marcela diretamente pedindo os R$ 300 mil citados pela acusação. O hacker teria ainda ameaçado divulgar áudios que, “fora de contexto”, e que poderiam comprometer a imagem de Michel Temer, que na época era vice-presidente e aguardava o resultado do processo de impeachment de Dilma Rousseff.
Temer optou por não envolver a Polícia Federal no caso porque acreditava que o hacker tinha motivações políticas. Alexandre de Moraes, hoje ministro da Justiça, e que na época era secretário de Segurança do Estado de São Paulo, se envolveu no caso a pedido de Geraldo Alckmin, governador paulista.
Alexandre acionou a Divisão Anti-Sequestro (DAS) do estado de São Paulo para descobrir quem era o chantagista. O hacker foi preso no dia 11 de maio, um dia antes de Temer ser empossado como presidente interino devido ao afastamento de Dilma. Alexandre foi nomeado ministro logo em seguida.