Trump convidou Bolsonaro, confirma ‘Wall Street Journal’

Veto a viagem do ex-presidente pode ocasionar problemas para o governo brasileiro, diz o jornal

A postura do governo brasileiro em negar a devolução do passaporte do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL), que autorizasse a ida dele à posse de Donaldo Trump (Republicano) tem gerado repercussão na mídia internacional, jornal americano prevê “embate diplomático”.

O Wall Street Journal, um dos mais importantes e respeitados jornais do mundo, publicou nesta quinta-feira (16) a reportagem intitulada “Trump convidou Bolsonaro para sua posse; Brasil não o deixará ir”.

O jornal disse que a equipe de posse de Trump confirmou à reportagem o convite feito para Bolsonaro e que o presidente Lula (PT) pode enfrentar problemas de diplomacia com Trump ao negar a ida do ex-presidente.

“O líder de esquerda do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, está prestes a enfrentar um embate diplomático com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, devido à recusa do país em permitir que seu antecessor de direita, Jair Bolsonaro, compareça à posse de Trump”, declarou Wall Street Journal.

Em entrevista ao WSJ, Bolsonaro alegou sofrer perseguição. “Eles estão tentando me humilhar, me pintar como o pior criminoso do mundo. A perseguição é implacável”.

Pessoas próximas ao presidente americano destacou que “Trump está disposto a usar tarifas comerciais para pressionar o Brasil e outros países que ele considera estarem praticando algum tipo de “lawfare” de esquerda”, espécie de guerra jurídica utilizando os tribunais para derrubar opositores.

A reportagem relembrou também os embates entre Elon Musk, dono do X, e Alexandre de Moraes, ministro do STF.

“Musk, que Trump nomeou para sua próxima administração, comparou Moraes a um ditador, enquanto o Partido dos Trabalhadores de Lula acusou o bilionário de ameaçar a soberania do Brasil. Moraes também emitiu advertências este mês sobre o movimento da Meta para afrouxar restrições ao discurso de ódio, colocando o Brasil e Lula da Silva na vanguarda da oposição global aos planos”.