Maduro diz que Itamaraty sempre conspirou contra a Venezuela
As acusações foram feitas na última segunda-feira (28) durante o programa de televisão do ditador, em sua emissora estatal
O ditador venezuelano, Nicolás Maduro, disse durante seu programa de televisão que o Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty, sempre conspirou contra a Venezuela e segundo ele “o Itamaraty foi um poder dentro do poder durante anos”.
“o Itamaraty é uma chancelaria que conhecemos bem, que sempre conspirou contra a Venezuela, conseguimos levar adiante segundo as regras da diplomacia, é uma chancelaria intimamente ligada ao Departamento de Estado dos EUA desde a década de 1960”, quando João Goulart foi deposto pelos militares em 1964.
As acusações foram feitas na última segunda-feira (28) durante o programa de televisão do ditador, em sua emissora estatal.
O venezuelano seguiu nas suas acusações e contou que no Itamaraty quase não há funcionários que não tenham ligação com o departamento de estado dos Estados Unidos da América. “Praticamente não há lá funcionários que não tenham alguma ligação com o Departamento de Estado, sempre foi assim e continua sendo até hoje”.
Maduro relembrou o processo complicado de entrada da Venezuela no Mercosul, segundo ele o Itamaraty criou uma série de empecilhos para a entrada de seu país no bloco econômico, “quando travamos uma batalha muito longa para entrar no Mercosul, o Itamaraty sempre criou obstáculos, foi o grande promotor da exclusão ilegal da Venezuela do Mercosul, uma mancha na diplomacia brasileira com uma ideologia antivenezuelana”. A venezuela entrou no Mercosul em 2014, mas está desde 2016 suspensa do bloco.
O ditador debochou do Brasil e disse que se nem os Estados Unidos foram capazes de os deter, não é o veto brasileiro que irá os impedir de integrar os BRICS, “se as sanções dos Estados Unidos não puderam nos deter, o veto da chancelaria brasileira não vai poder deter o caminho dos Brics, porque é nosso caminho, é o caminho de Bolívar. E vamos continuar nos empenhando, porque nós somos assim, rebeldes. Se dizem: você não pode ir para lá, para lá eu vou”.