Lula renova ataque a Israel: não é guerra, é genocídio contra palestinos
Presidente discursava contra imbecis mentirosos, ao renovar o erro de comparar o Holocausto à guerra a terroristas com 30 mil mortos em Gaza
No mesmo dia em que orientou eleitores a não votarem em imbecis mentirosos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) renovou, ontem (23), seu ataque público ao governo de Israel, chamando de genocídio a guerra contra terroristas do Hamas, que já teria matado 30 mil civis palestinos, na Faixa de Gaza. A fala encerrou a semana de reações à sua comparação entre o Holocausto de judeus pelo nazismo de Adolf Hitler e a reação militar do governo de Benjamin Netanyahu à invasão terrorista do Hamas que matou 1,4 mil israelenses, em 7 de outubro de 2023. A nova acusação foi feita no Rio de Janeiro, ao lançar o programa Petrobras Cultural.
“Quero dizer para vocês, agora, eu não troco a minha dignidade pela falsidade. Quero dizer a vocês que sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado Palestino, viver em harmonia com o Estado de Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças”, afirmou o presidente, ao lembrar do tempo em que foi preso por condenação por corrupção, anulada pela Justiça.
Declarado persona non grata em território israelense por causa de sua declaração considerada antissemita contra o Estado de Israel, Lula foi cobrado a se retratar em diferentes ocasiões por Netanyahu e o ministro das Relações Exteriores, Irael Katz. E o chanceler chegou a elevar o tom, acusando a Lula de fazer uma comparação “promíscua, delirante e um cuspe no rosto de judeus brasileiros”. Isso após reprimenda pública ao Brasil, com direito a uma aula de História, em português, sobre o que o regime nazista de Hitler fez, ao matar seis milhões de judeus, na 2ª Guerra Mundial, na Europa. A forte reação militar de Israel ao ataque terrorista, que vem sendo questionada por descumprir o Direito Internacional Humanitário.
“Não tentem interpretar a entrevista que eu dei na Etiópia, leia a entrevista ao invés de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. São milhares de crianças mortas e desaparecidas. E não está morrendo soldado, estão morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio”, reforçou Lula, defendendo cessar-fogo em Gaza, a criação do Estado Palestino livre e soberano, sem citar o ataque terrorista do Hamas que motivou a reação israelense.
Sobre mentira e voto em imbecis
Também ontem, no Rio, Lula destacou o que classificou de “momento de mentira que vive esse país”, com gente que levanta de manhã, mentindo, almoça mentindo, vai no banheiro mentindo, sai do banheiro mentindo, vai dormir mentindo e passa a noite mentindo. E afirmou que tais imbecis acham que os brasileiros também são um bando de imbecis, ao alertar eleitores a não elegerem mentirosos, nas eleições municipais de outubro.
“Então, nós precisamos ter em conta de aprender uma lição. Vai ter eleição outra vez esse ano. Vai ter eleição. E a gente não pode votar num imbecil que fala mais bobagens. A gente não pode votar num imbecil que mais agride os outros”, disse Lula, ao inaugurar obras de mobilidade.