Cuba tem panelaço contra apagão de três dias, sob risco de furacão

Milhões de cubanos seguem sem energia elétrica neste domingo (20), após falhas sucessivas da ditadura

As sucessivas falhas da ditadura de Cuba para tentar restabelecer a energia elétrica na ilha com mais de 11 milhões de habitantes sob a ameaça de um furacão levaram cubanos a protestar com panelaços contra a ditadura comunista de Miguel Díaz-Canel. O país entrou neste domingo (20) no terceiro dia sem luz elétrica.

Os protestos iniciaram no início da noite de ontem (19), em Havana, e prosseguem diante do caos instalado em Cuba, cujas autoridades patinam com as consequências da desconexão do Sistema Eletroenergético Nacional, como avarias em turbina da Unidade 3 da Termoeléctrica de Cienfuegos, falta de sinal de internet e de telefone fixo.

O site 14yMedio, da jornalista Yoani Sánchez, registrou notícias sobre a repressão policial aos protestos de cubanos, com a imposição de silêncio, enquanto a população lotam pontos de venda de gás de cozinha e até de lenha para tentar garantir cozinhar alimento nos próximos dias. Porque a previsão é de que o furacão Oscar atinja Cuba neste domingo, com categoria 1 e ventos de 140 quilômetros por hora.

Diante do sofrimento da população do país que governa, Miguel Díaz-Canel foi às redes sociais lamentar não poder celebrar o Dia da Cultura Cubana, em alusão aos 156 anos de independência de Cuba. “Mas nós temos Pátria, Revolução e Socialismo, isto é, garantia de proteção para todos”, ousou dizer o ditador, para os milhões de cubanos sob risco de vida e no escuro.

Díaz-Canel expôs fotos no Gabinete Nacional de Carga e escreveu nas redes sociais que “microssistemas estão se fortalecendo” com “passos seguros dados” e Havana recebendo energia gradualmente, após um trabalho complexo. Mas não há previsão oficial para a retomada da energia.

“Verificamos as ações para enfrentar a passagem do furacão Oscar no leste do país. Foram dadas indicações precisas para garantir o cuidado do nosso povo. O apoio às províncias é reforçado e brigadas se alistam para a recuperação no menor tempo possível”, afirmou o presidente de Cuba, sucessor e ex-vice de Raúl Castro, que tem 93 anos e havia sucedido o irmão Fidel Castro, que morreu aos 90 anos, em 2016.

Veja imagens do panelaço e do sofrimento dos cubanos diante do apagão, divulgadas pelo 14yMedio: