Ciclone mata mais de 150 pessoas e deixa destruição no sul da África

Cidade portuária de Beira, segunda maior de Moçambique, ficou 90% destruída

A Cruz Vermelha informou que mais de 90% da cidade da Beira, capital da província moçambicana de Sofala, ficou destruída após a passagem do ciclone Idai por Moçambique, o Zimbabue e Malaui. As Nações Unidas admitem que o número de vítimas pode aumentar nos próximos dias, uma vez que é previsto o agravamento das cheias causadas pela tempestade.

No Zimbabue, onde o governo já declarou estado de desastre nas regiões afetadas, o número de mortos passou de 150 nas últimas horas. O presidente moçambicano, Filipe Nyusi, afirmou em entrevista para uma rádio estatal que o número de vítimas pode chegar a mil.

Em Moçambique estão confirmados 68 mortos. No Malaui, os últimos dados indicam a morte de 89 pessoas.

Dados do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) mostram que a tempestade tropical afetou mais de 1,6 milhão de pessoas nos três países.

As autoridades alertam para o agravamento das cheias nos próximos dias, devido à continuação de chuva forte, à saturação dos solos e às descargas de barragens.

A cidade da Beira, uma das principais do país, continua sem eletricidade e comunicações e está, desde sábado (16), isolada por terra.

O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que sobrevoou a área afetada pelo ciclone, disse que os danos são “muito preocupantes”.

“Está muito mal. A situação é grave, porque muitas pessoas continuam em cima das árvores e das casas”, afirmou Nyusi. (ABr)