China diz que será forçada a reagir a fechamento de consulado
Chancelaria chinesa diz que decisão prejudicou severamente relações
A China alertou nesta quinta-feira (23) que será forçada a reagir depois que os Estados Unidos determinaram o fechamento de seu consulado em Houston, uma medida que o Ministério das Relações Exteriores chinês disse ter “prejudicado severamente” as relações.
Washington deu 72 horas para a China fechar o consulado, “para proteger propriedade intelectual e informações particulares norte-americanas”, o que marcou uma escalada dramática da tensão entre as duas maiores economias do mundo.
No Twitter, o senador norte-americano Marco Rubio, membro do Partido Republicano e presidente interino do Comitê de Inteligência do Senado, descreveu o consulado de Houston como o “nódulo central da vasta rede de espiões e operações de influência do Partido Comunista nos Estados Unidos”.
Em seu briefing diário, o porta-voz da chancelaria chinesa, Wang Wenbin, descreveu as alegações norte-americanas como calúnia mal-intencionada.
“Em reação às ações insensatas dos EUA, a China precisa escolher uma reação necessária e salvaguardar seus direitos legítimos”, disse ele, sem especificar qualquer medida.
“Isso está destruindo a ponte de amizade entre o povo da China e dos EUA”, acrescentou.
Segundo o jornal South China Morning Post, a China pode fechar o consulado norte-americano de Chengdu, cidade do sudoeste chinês. O país cogita ainda fechar o consulado norte-americano de Wuhan, de onde os EUA retiraram funcionários no início do surto do novo coronavírus.
Os outros consulados dos EUA na China estão em Hong Kong, Guangzhou, Xangai e Shenyang.
Os laços entre os dois países se deterioraram acentuadamente neste ano, por causa de questões que vão do coronavírus e da gigante de equipamentos de telecomunicação Huawei às reivindicações de Pequim ao Mar do Sul da China e à sua repressão a Hong Kong. (ABr)