Boxeadora garante primeira medalha olímpica da equipe de refugiados

Cindy Ngamba, de origem camaronesa, já garantiu, no mínimo, a medalha de bronze, a primeira de um atleta refugiado

A boxeadora de origem camaronesa e erradicada no Reino Unido, Cindy Ngamba, faz história nos Jogos Olímpicos de Paris ao ser a primeira atleta da Equipe Olímpica de Refugiados (EOR na sigla em francês) a conquistar uma medalha em Olimpíadas.

No último domingo (4), nas quartas de finais do boxe feminino na categoria de até 75kg, Ngamba venceu a francesa, Davina Michel por decisão unânime dos juízes. No boxe olímpico não há disputa de terceiro lugar, dessa forma, qualquer atleta que chega às semifinais garante, no mínino, o bronze.

Em busca da final, a boxeadora enfrentará a atleta panamenha Ateyna Bylon, na próxima quinta-feira (8).

A EOR, criada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI), participou pela primeira vez das Olimpíadas durante os Jogos do Rio de Janeiro em 2016.

Nesta Olimpíada, o número de atletas disputando pela Equipe Olímpica de Refugiados é o maior da história, com 37 esportistas disputando em 12 modalidades diferentes.

Ngamba fugiu de Camarões para o Reino Unido aos 11 anos. Como até hoje não conseguiu cidadania britânica, por isso compete pelo EOR.